domingo, 9 de fevereiro de 2014

A TAL DA IMAGINAÇÃO FÉRTIL

Ana Augusta, 9 de fevereiro de 2014

Tô aqui pra te dar uma dica... Sabe quando alguma coisa acontece e a gente tenta entender o motivo? Então.. Deixa disso. Não tenta ficar encontrando a razão pela qual não deu certo, ou deu certo. Não tenta investigar porque de ele(a) ter saido sem você, não procura o motivo de não ter sido convidada(o) pra festa da(o) conhecida(o) "X". Não vai atrás das respostas de porque aquela pessoa incrível mora longe de você, não fica cavando, não fica chupando limão, como minha sábia avó me diz.



Cheguei a uma conclusão muito simples: tenha sempre a sua consciência limpa, faça o certo pra você, e não ache que as pessoas necessitam de motivos pra fazer isso ou aquilo, porque elas não necessitam. Mas não se culpe. Sabe por que? Tudo na vida tem dois lados, e infelizmente, qualquer relação, seja amorosa ou amigável, precisa de mais de uma pessoa pra funcionar, então, mesmo você seguindo os bons costumes, a mente do outro é imprevisível. Você nunca é 100% culpado, ou 100% inocente.

Eu sei que é díficil não criar expectativas, é quase impossível falar pra nossa cabeça: "Ei, para de pensar!" ou "Ei, deixa ir embora..". Mas uma vez me disseram, "Não pensa muito não, só dá trabalho." E é verdade. Investigar o que aconteceu vai fazer a situação se reverter? Se rebelar contra a distância vai fazer as quilometragens diminuirem? Não vai. E talvez só piore o caos interno que você já sente. A gente não tem que aceitar que nos tratem de qualquer maneira, ou não fazer o mínimo esforço pra alguma coisa funcionar, mas também não temos que sentir que é nossa obrigação entender o funcionamento de tudo, ou lutar uma guerra sem um bom parceiro.

Existem pessoas que sofrem de imaginação fértil, digo sofrer porque isso as vezes é muito ruim, sei bem. Qualquer coisa que acontece a mente já se empenha de colocar uma possível decepção, ou se encarrega de te fazer ver unicórnios coloridos onde não tem, ou se a situação ficou feia, a cabecinha fértil já começa a tentar achar os motivos, os erros, o "Onde foi que eu errei?". Você errou em deixar essa cabecinha fértil te manipular. Falo muito pra uma amiga que a gente que controla nossa mente, ou pelo menos deveríamos, é um exercício diário, e tem que se empenhar. A felicidade agradece.


A verdade é que a vida fica mais leve quando a gente aceita que o que aconteceu era pra ter acontecido. Isso, clichezão mesmo, deixe viver, deixar ficar, deixe estar como está. Se a pessoa quisesse ter ficado com você ela teria ficado. Se o amor de verão quiser te visitar, ele(a) vai. Se fosse pra você ter entrado em Direito, você teria entrado. Se a(o) conhecida(o) achasse que sua presença faria diferença na festa, ela(e) teria te chamado.. e assim vai. E as pessoas não tem culpa de não agir do jeito que a gente quer, e nem a vida quer te castigar porque não te dá tudo de mão beijada. Cada um faz as escolhas que lhe agradam e cada um carrega o fardo que aguenta. E relaxa, porque cada um colhe o que planta.

Tenta fazer uma coisa? A partir de hoje, se você é uma pessoa que sofre de imaginação fértil, se acalme, respire fundo, seja responsável pelos seus atos, seja inteiro em tudo que fizer. O que rola não é não dar motivos pra alguém te magoar, e sim não dar motivos  pra você se magoar com você mesma(o). Não distorça a verdade, aceite e acredite que o melhor ainda está por vir, porque eu acredito piamente que está. Uma vez que imaginação fértil não serve só pra alimentar as caraminholas da cabeça, ou cavar buracos em busca de respostas. Ela serve também pra fazer a gente rebolar e fazer da realidade que temos, a melhor possível.

E aí, bora pensar menos? :)
Beijos,
         Ana Augusta.